Governança da inovação: sua empresa já está preparada?

A inovação traz alguns desafios para as corporações, no geral, muito acostumadas a lidar com assuntos mais pragmáticos como planilhas de receitas, despesas e lucros, unidades de negócio e operações. Ao mesmo tempo em que é extremamente desejada, a maneira orgânica como a inovação acontece muda um pouco a perspectiva de gestão, pois, não tem um jeito certo de acontecer, mensurar e nem está restrita a determinados espaços da empresa. Como estimular, estruturar e proteger os adventos da inovação que surgem em uma empresa? O assunto governança da inovação é um imperativo em tempos modernos.

Objetivos da governança da inovação

Para que renda bons frutos, a inovação deve estar arraigada em uma corporação, permeando todas as áreas. Convém que a empresa estabeleça alguns objetivos para a governança da inovação, entre eles:

Definição de papéis e formas de trabalhar em torno do processo de inovação.

Definição de linhas de poder de decisão e compromissos em inovação.

Definição das responsabilidades operantes dos principais atores.

Estabelecimento dos valores que sustentam os esforços de inovação.

Definição de indicadores para a inovação.

Organização de rotinas de gestão em relação à comunicação de decisões.

Orientação sobre como proteger as tecnologias e processos resultantes de processos de inovação.

Com relação a esse último tópico, há uma relação direta entre as competências da propriedade intelectual e a governança da inovação que é cada vez mais vital dentro das empresas.

Aos profissionais de direito especialistas em propriedade intelectual cabe a compreensão sobre a dinâmica da governança da inovação dentro das empresas, tendo no radar, inclusive, as possibilidades de open innovation, que é quando a empresa recorre a agentes externos como startups e universidades para estimular a inovação dentro de casa. Dessa forma, é possível melhor orientar os clientes sobre a proteção das criações oriundas desses processos.